alienação parental

 

Quando ocorre a separação/divórcio de um casal com filhos, acontece o rompimento do vínculo conjugal do casal, porém permanece o vínculo parental destes em relação aos filhos, que serão sempre os filhos de seus pais. Ocorre que, em muitas situações, em função do ressentimento, da raiva existente entre o casal, estes acabam transferindo esses sentimentos para os filhos, prejudicando o relacionamento deste com o outro genitor. Assim, quando o detentor da guarda afasta de alguma forma o filho do relacionamento com o outro genitor, estamos diante de uma prática de alienação parental.

É direito da criança e do adolescente o convívio com seu pai e sua mãe, bem como com as respectivas famílias para que possam crescer e se desenvolver de forma plena e segura.

Alguns dos fatores que mais prejudicam o saudável desenvolvimento dos filhos quando ocorre a separação: o alto nível de conflito entre o casal, a falta de diálogo destes, a falta de entendimento entre os genitores sobre as responsabilidades parentais de cada um em relação aos filhos, a utilização dos filhos como instrumento de vingança em relação ao outro, entre outros.

Na alienação parental o genitor alienador acaba manipulando a percepção da realidade com o objetivo de fazer com que o filho rejeite o outro genitor e a criança acaba perdendo o direito ao saudável convívio com o pai ou com a mãe e os respectivos familiares, caracterizando uma violência contra essa criança.

A alienação pode ocorrer em 3 níveis diferentes:

  • Leve: quando o alienador dificulta ou impede o convívio do outro genitor com o filho;
  • Moderada: quando o alienador desmoraliza o outro genitor para o filho;
  • Grave: quando o alienador além de impedir o convívio, desmoraliza o outro genitor e ainda manipula de tal forma a induzir a criança para que esta acuse o genitor alienado de violência física, moral ou emocional, como maus tratos e até mesmo de abuso sexual. A criança é convencida pelo genitor alienador da existência de determinado fato que lhe foi dito de forma insistente e reiteradamente.

Na mediação familiar os mediadores ajudam os genitores a elaborar planos de parentalidade, melhorar a comunicação e com isso diminuir os conflitos, gerando benefícios significativos para os pais  e para seus filhos.